quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

À SOMBRA DAS MAGNÓLIAS

 
 
À sombra das magnólias
 
 
 
 
 
Quando iniciamos algo, a forma correta de fazê-lo, no meu entendimento, é, sempre,pelo princípio.
O princípio de tudo, em minha vidai foram as magnólias.
Eram árvores gigantescas, plantadas no terreno do vizinho, da minha protetora e amiga de minha mãe. Chamava-se Conceição. Era uma senhora distinta, próprio daquela época. Hoje, todas as senhoras daquela ocasião me
dão a impressão terem sido  "senhoras distintas", pessoas sérias, embora não fossem mal humoradas, eram pessoas que tinham limite. Tudo para elas era pautado na honra.
 
Bom! Retornando à minha história, as magnólias já crescidas, exalavam um cheiro inconfundível. Cheiro que até hoje guardo em minha lembrança e confesso jamais ter sentido outro igual.
 
 
A flor da magnólia, branca, linda e cheirosa.
 
 
As magnólias, eram plantadas disitantes uma da outra. Não tenho noção de medida, pois era uma criança de apenas 3 ou 4 anos, mas gostava de brincar à sombra daquelas árvores enormes diferentes que produziam umas flores com um perfume agradável sempre na cor branca, embora, hoje, saiba que exisitem outras cores, aquelas da minha lembrança eram brancas. Brancas e cheirosas. Eram tão fartas que seus galhos floridos chegavam a emoldurar a entrada de nossa humilde casa.
 
 
 
Que agradável era ficar alí sob aquelas árvores, sentado ao chão brincando com os gravetos, com as formigas e outros bichinhos, sempre à sombra das magnólias.
Por alí fiquei até completar 7 anos, quando minha família mudou-se para uma cidade próxima. Era preciso, segundo minha mãe já estava na idade de frequentar a escola e ficar sem estudar, nem pensar.
Assim me afastei das magnólias. No princípio não dei tanta importância. Fiquei muitos anos sem voltar à minha casa antiga e quando voltei elas não mais existiam. Haviam sido cortadas.
Conceição tinha mudado para outra cidade. A casa não a pertencia mais e o novo insensível proprietário as havia cortado.
Não sabia o quando elas eram importantes, mas no instante que olhei para o terreno onde erguia aquelas magestosas árvores, me entristeci e devo ter deixado escapar uma ou duas lágrimas. Coisas de garoto. Ninguém dava importância.
O tempo passou, tudo foi mudando, a minha antiga casa foi caindo. Até que a demoliram. Um dia, só para matar a saudade, passei por lá e só havia o terreno. A casa das magnólias ainda estava inteira, mas não demorou, também foi demolida. Assim tudo foi acabando. Mas apesar de desaparecerem, não deixei que fugissem da minha memória. Como fazer para eternizá-las? Um dia desses estarei partindo para outra dimensão. Não haverá mais lembrança.
 
Talvez ainda persista esse texto. Talvez alguém o leia um dia, mas não há garantias de que consigam imaginar o que está gravado em minha mente, não conseguirão sentir o mesmo que sinto agora, ao lembrar da sombra das magnólias.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

MINHA SOLITÁRIA VIDA




Por: Nêodo Ambrosio de Castro

Tem sido uma novidade após outra, as minhas experiências com a solidão. Às vezes busco, propositalmente, me isolar. Procuro uma praia deserta sento-me à beira-mar e de olhos fixos no horizonte, observo as nuvens mudando de formato ao sabor do vento, estudo as formas imaginando imagens mais ousadas, assim me distraio por horas.
A brisa que vem do mar me deixa arrepiado, vez ou outra. Nesse outono, as tardes já começam a esfriar, assim que o sol se põe.  Mas é agradável sentir aquele vento gelado, nos braços que mantenho cruzados à frente do corpo para tentar me aquecer.
Às vezes me dá vontade caminhar na areia. Tiro os sapatos e vou acompanhando a margem no limite que as águas das ondas atingem, para não me molhar muito. Caminho o quanto consigo e minhas pernas aguentam. Mas não posso ir muito longe. Já sinto o peso da idade incomodar meus joelhos que chegam ao ponto de quase não agüentar mais o peso do corpo. Mesmo nos meus passeios pelas montanhas, quando me sinto em contato com a natureza, me sinto feliz e tranqüilo. Faz-me bem esse contato com as plantas os pássaros que procuro admirar. Mas sempre estou a contemplar o horizonte e parece que lá estão meus segredos e as respostas que ainda busco.
Mas preciso caminhar mais, muito mais. Essas caminhadas a beira-mar ou pelas pequenas e estreitas estradinhas das montanhas, me fazem muito bem. Enquanto caminho, é como se visse a minha vida passando diante de mim, a uma velocidade acelerada, mostrando-me os momentos que mais me agradam recordar. Lembranças da juventude, quando tudo podia, quando não me importava com recomendações dos médicos. Quando essa jovialidade me dava forças para enfrentar tudo.
Imagino loucuras, nesses momentos já não nos importamos em manter limites. A imaginação toma conta e nos leva onde quer, sem que sequer tentemos controlá-la.
Lembro dos amores, das desilusões, recordo as mágoas que permanecem incrustadas em minha alma. Por mais que evite lembrar-me desses desencantos, não consigo evitar, eles teimam em permanecer vivos me corroendo as entranhas. Essas mágoas me fazem o coração doer e provocam lágrimas as quais se manifestam na tentativa de aliviar aquela pressão forte no peito.
Assim continuo caminhando sem vontade parar, mas em um dado momento me sinto exausto e obrigado a sentar-me de novo na areia, ou na beira da estrada e volto a observar o horizonte. Desta vez meu coração já entristecido pelas lembranças e as lágrimas persistentes me turvam a visão e as imagens, antes tão nítidas, se misturam numa espécie de borrão incompreensível. Neste momento é que me ponho a perguntar o porquê de tanta mágoa e porque elas me afetam tanto. Não consigo responder, mas meu peito apertado me avisa que elas jamais me deixarão e um dia me farão despedir-me dessa vida, pois meu coração já um bastante cansado de tantos anos de trabalho incessante e com tantos remendos já não aguenta mais tantas emoções.
Brota em mim uma espécie de raiva de tudo. De mim, principalmente, pela imaturidade com a qual encarei algumas situações. Acabo não me perdoando e assim me refaço aos poucos vou caminhando de volta, desta vez, cabisbaixo, em ritmo lento e já sem aquela alegria de admiração pelas formas das nuvens no horizonte.
Algumas vezes procuro um livro e começo uma leitura que sei que não vou terminar, nas primeiras páginas vou julgá-lo chato e sem sentido, pego um outro e o mesmo acontece. Vou desistindo das minhas leituras já não tenho mais a paciência para ler e avaliar cada detalhe do livro ou mesmo viajar através das entrelinhas, como fazia antes.
Assim vou me isolando cada vez mais, já não tolero televisão, não consigo ouvir uma música em um tom mais alto. O barulho da rua me incomoda e qualquer ruído, por menor que seja, durante a noite, é o bastante para me tirar o sono.
Sinto-me triste, muito triste, já não tenho mais aquela vontade viver. A alegria de estar conversando com alguém por alguns instantes, estou sempre com pressa e impaciente. Só o isolamento e as minhas lembranças consigo tolerar. Assim mesmo porque elas me trazem, às vezes, recordações de bons tempos com a família. Mas isso já aconteceu há tanto tempo que até as lembranças já vêm com falta de detalhes que as tornam sem graça.
Procuro ver as fotografias de anos passados. Fotos de meus filhos e de lugares que visitei, quase sempre me detênho diante de uma ou outra um tempo maior, tentando lembrar como estava naquele momento o que sentia e o que me lembra aquela fotografia.
Nos meus momentos de reflexão lembro das maldades que já fiz. Lembro das que sofri. Das ingratidões e das incompreensões das pessoas que comigo se relacionaram. Lembro daquelas que algum carinho me deu sem nada querer em troca. Lembro, também das outras que nada me deram só me levaram tudo que podiam, minha juventude, meu tempo e até a minha própria vida.
Muitas me sugaram até a última gota de sangue. Tiraram todo proveito que puderam até não mais precisarem e me descartar como uma embalagem de onde se esgota o conteúdo.
Mas não culpo ninguém, além da minha ignorância, da minha falta de discernimento, minha incapacidade de julgar e descobrir a verdadeira intenção das pessoas que me cercavam.
Não sei até que ponto fui, feliz ou infeliz. Não consigo imaginar como estaria me sentindo neste momento se tudo tivesse sido diferente. Minha imaginação não consegue alcançar e determinar o desfecho de tudo. Mas ainda estou respirando, estou vivo e caminho com minhas próprias pernas, embora um pouco trôpego, vou até à praça onde descanso em um banco observando os pássaros, as flores, a grama orvalhada e as pessoas que passam com seus cães fazendo o passeio matinal.
Acho, às vezes que não devia, mas ainda sinto vontade de amar. Amar alguém que me fosse fiel e carinhosa, alguém em quem pudesse confiar meus segredos e falar de meu passado, sem que se entediasse. Mas depois de tanto tentar, acho que estou desejando coisas impossíveis. Se tive a vida toda para fazer isso e não fiz, ou melhor, não consegui, embora vontade tivesse, como posso neste momento, quando o fim está tão próximo querer uma coisa dessas?
Na verdade é tudo bastante confuso para mim. Se é para mim, imagine para qualquer outra pessoa entender os meus pensamentos.
Mas esses pensamentos fazem-me sentir a vida em meu corpo, o sangue correndo nas veias, o coração batendo, incansavelmente, e vez ou outra repicando mais forte por uma emoçãozinha a toa.
A vida é tão misteriosa e nos reserva tantas surpresas que não é difícil imaginar que de um segundo para outro poderei cair, em um lugar qualquer e deixar essa vida, mais rapidamente do entrei nela.
Mas foi, no mínimo, interessante minha passagem por essa vida. Assim deve ser para cada ser humano, diferente, sem dúvida, mas no final todas as coisas ficam parecidas e acabam da mesma forma. Depois que o velho coração para de bater, tudo termina de forma igual para todos os seres. Desconhecemos, no entanto, o que poderá nos esperar após isso.

DESISTIR E MORRER



Por Nêodo Ambrosio de Castro  

Numa passagem da Bíblia (Reis), conta-se que o Profeta Elias ameaçado de morte e perseguido, na ânsia de se salvar, embrenha-se pelas florestas em direção ao monte Horeb, em busca de segurança. Esgotado e com fome, senta-se à sombra de uma árvore e diz: “Senhor , basta de sofrimento, toma a minha alma,  pois não sou melhor do que meus pais”. Conta-se ainda que após acordar, já descansado, vê que um Anjo lhe traz pão e água fresca. Então, refeito retorna o seu caminho ao topo da montanha, onde Deus lhe dá nova direção para a sua vida.

Esta história é vivida, no dia a dia, pela maioria de nós. Quantas vezes, já esgotados e desanimados, passando por situações aflitivas, não pedimos a Deus que nos tire a vida e nos deixe ir pois não agüentamos mais.  Esses constrangimentos, pelos quais passamos, poderiam não ser tão difíceis se tivéssemos a quem recorrer, alguém para nos ouvir, alguém em quem  buscar o conforto que precisamos, para superar os obstáculos que se interpõem em nossas vidas.

Quando nos damos conta de que precisamos de alguém com quem dividir nossos momentos, nossos fracassos, nossas ansiedades, alguém onde buscar a força e o apoio para continuar. Aquela fonte inesgotável de energias que está sempre a nos impulsionar para a nossa meta. Quando chegamos à conclusão de que sozinhos não somos ninguém é que começamos a valorizar a amizade sincera. No entanto, devemos entender que aqueles que estão sempre nos apoiando podem também precisar do nosso apoio, por isso é importante não ver nesse amigo o que ele não pode ser.

Nem mesmo os mais fiéis e desinteressados dos amigos são infalíveis. Todos nós temos os nossos momentos de fraquezas. Aquele nosso fiel amigo, o que ali está, ao nosso lado, sempre pronto a nos ajudar, também é como nós, pode precisar da nossa ajuda, do nosso incentivo. Ser amigo não significa, necessariamente, ser infalível ou sobre-humano. Ser amigo é estar sempre à disposição, sempre pronto a escutar, compreender e ajudar. Um amigo pode precisar da mesma ajuda, do mesmo apoio e da mesma compreensão que nos dedica.

TEMPO PASSADO - SONETO


O tempo não deu tempo de tudo arrumar. O tempo passou e nosso amor ficou nesse passado, mortal que acabou, morreu.
Não cuidamos, nosso amor não floresceu. Semi morto está!


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

UM DIA VOCÊ VIRÁ - SONETO




Passe o tempo que passar, aconteça o que acontecer, um dia sei que virá me procurar
Não faço idéia de quando, mas eu sei que esse dia chegará. Nesse dia você virá, é certo
Eu, pacientemente, esperarei, esse dia chegar.












ATALHO - SONETO


Cuidados precisamos ter com a decisão de tomar atalhos em nossa estrada da vida. Muitas vezes eles se nos apresentam de forma enganadora.
Ascenam com imagens que não passam de miragens. Só temos noção quando nesses atalhos nos encontramos e seus mistérios desvendamos. Ao compararmos, sentimos vontade de retornarmos à estrada principal que ao nosso destinho nos conduzirá.




POEMA CAMINHOS

FALTOU CUIDADO - SONETO


Quando se tem um amor, se esse amor é verdadeiro, naturalmente será único. Portanto dele devemos cuidar com muito carinho. Como cuidaríamos de uma flor rara que plantamos em nosso jardim ou em um vaso. Se não cuidamos ela murcha e acaba morrendo. No amor, algumas vezes não há como matá-lo, definitivamente, mas assim mesmo ele perde o encanto e a beleza. Acaba abandonado em um canto qualquer, nunca mais sendo cuidado, portanto apagado, não florescerá mais.



sábado, 16 de fevereiro de 2013

ROMANTISMO


 

 Precedentes: Período de Transição (1808-1836)

Simultaneamente ao final das últimas produções do movimento árcade, ocorreu a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil. Esse acontecimento, no ano de 1808, significou, o início do processo de Independência da Colônia. O período compreendido entre 1808 e 1836 é considerado de transição na literatura brasileira devido à transferência do poder de Portugal para as terras brasileiras que trouxe consigo, além da corte e da realeza, as novidades e modelos literários do Velho Continente nos moldes franceses e ingleses. Houve também a mudança de foco artístico e cultural, da Bahia para o Rio de Janeiro, capital da colônia desde o ano de 1763.

Segundo o crítico literário Antônio Cândido, no livro Noções de Análise Histórico-literária:

"No Brasil não havia universidades, nem tipografias, nem periódicos. Além da primária, a instrução se limitava à formação de clérigos e ao nível que hoje chamamos secundário, as bibliotecas eram poucas e limitadas aos conventos, o teatro era paupérrimo, e muito fraco o intercâmbio entre os núcleos povoados do país, sendo dificílima a entrada de livros."

O que explica o desenvolvimento literário incipiente, se comparado com o mesmo período na metrópole. Os autores vistos até então eram produto da educação europeia e/ou religiosa que receberam.

Com a vinda da Família Real, os livros puderam ser impressos no território, em função da Imprensa Régia, derrubando a medida que proibia sua impressão e difusão sem a autorização prévia de Portugal, dando início não apenas ao desenvolvimento da literatura mas, também, a um sentimento de nacionalidade no território, uma das principais características do período romântico brasileiro.

Contexto Histórico na Europa

O final do século XVIII presenciou a ascensão da tipografia, inventada pelo alemão Johannes Gutenberg, que possibilitou o desenvolvimento da impressão em grandes quantidades de jornais e romances. No início, os romances eram publicados diariamente nos jornais de forma fragmentada, assim, a cada dia um novo capítulo da história era revelada. Esse esquema, importado para a colônia, ficou conhecido como "folhetim" ou "romance de folhetim" e deu origem às telenovelas que conhecemos nos dias de hoje.

Assim, com a Revolução da Imprensa, uma das principais características do período Moderno, houve também a ascensão dos romances impressos, popularizando o artefato (o livro não era mais considerado um artigo de luxo, inacessível) e proporcionando um largo alcance da literatura às camadas inferiores da sociedade e também às mulheres, que raramente tinham acesso às letras e, quando muito, eram alfabetizadas.

Considera-se o marco inicial do romantismo na Europa a publicação do romance Os sofrimentos do jovem Werther, do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe no ano de 1774. Historicamente, um dos marcos principais do movimento foi a Revolução Francesa, responsável pela difusão dos pensamentos Iluministras na Europa e nas suas colônias, que tanto inspirou os poetas árcades brasileiros.

Com o processo de industrialização dos grandes centros, houve um delineamento das classes sociais: a burguesia, com riquezas provenientes do comércio, e os operários das indústrias. Logo, a literatura do período foi produzida pela classe dominante e para a classe dominante, deixando claro qual a ideologia defendida por seus autores.

 

CAPA DO LIVRO SONETOS DO AMANHÃ


sábado, 9 de fevereiro de 2013

PARADOXO DO AMOR




Quem mais te ama
Mais te faz sofrer!

UNICIDADE


 
 
 
Unicidade

 

Nêodo Ambrosio de Castro

 

Cada pessoa

Que passa em nossa vida

Passa sozinha

Porque cada uma é única

Cada uma delas

Quando se vão

Deixam um pouco de si

Mas leva um pouco de nós

As pessoas

Não se encontram por acaso

Mesmo assim, elas às vezes

Não permanecem

Ao nosso lado

Na nossa cama

Ou na vida em comum

Muitas vão embora

Ou a mandamos

Porque não querem ficar

Enjoam da rotina

Ou querem só uma aventura

Pessoas de temperamento

Diferente

Arrogantes

Orgulhosas

Caridosas

Compreensivas

Egoístas

Cada uma tem sua marca

Que não se confunde nunca

Se tivéssemos o poder

De saber

Escolher

Olhar para dentro

Descobrir o que são

Mais fácil seria

A escolha não falharia

A convivência duraria

Mais que agora

Que nada podemos ver

Ou da pessoa saber

Só quando esta nos mostra

Não tem como prever
 
 
 

SONETO AMOR DO PASSADO


O AMOR



O Amor

 

Do Livro: Um amor eterno

Autor: Nêodo Ambrosio de Castro

 

Está em tudo

Em qualquer lugar

Além da matéria

À nada se condiciona 

Não se deixa superar

Nem mesmo o sexo consegue

Muito menos a distância

Amar, não é ter a posse

De coisas ou de alguém

Ama-se até sem ser correspondido

Com ciúmes despeito

Mas com respeito

Ama-se sem carinho

Mas por todos os caminhos

Ele não termina

Nunca vai

Apenas se acomoda

Espera que o tempo passe

Não se paramos, por ele

Pois onde estivermos

O levamos conosco

Para sempre

Às vezes sofremos

Às vezes só lembramos

Desejamos

Lamentamos

Mas o carregamos

Jamais o abandonamos

Está colocado em nós

Como uma tatuagem
 
Não sai nunca mais





SONETO FUTILIDADE


AMOR VERDADEIRO




O  verdadeiro amor

Por: Nêodo Ambrosio de Castro

O verdadeiro amor, muitas vezes incompreendido, é capaz de coisas surpreendentes, desde matar por amor à renuncia da convivência com a pessoa amada ou até mesmo a submissão. Tudo por amor!
A renúncia é um gesto nobre que a pessoa que ama, sem egoismo, é capaz de adotar. Mas nem sempre ela é compreendida. Às vezes a outra pessoa evolvida a toma como desprezo e abandono.

Quem deixa a pessoa amada e se priva de uma convivência a dois, pode ter motivos nobres para essa  decisão. Talvez sinta que a outra não está se realizando a seu lado e prefere estar de longe observando a chegada da felicidade para aquela que se sente abandonada (sempre por orgulho e egoismo). Esse gesto que acontece com raridade, pois o verdadeiro amor é difícil acontecer, é de uma nobreza impar.

A maioria dos casais preferem viver na infelicidade que abrir mão da convivência com o outro, algumas vezes por egoismo outras por orgulho. Ouvir de outras pessoas que foi abandonada ou que se separou porque o outro enjoou ou comentários parecidos são comuns, quando há a separação.

Algumas vezes o ciúme fala mais alto. Ciúme é sempre movido pelo egoismo e orgulho. O ciúme é o grande causador de tragédias conjugais.
Quando a atitude da separação é tomada pelo parceiro que se sente prejudicada ou infeliz e deseja uma nova chance de ser feliz, o outro se sente desprezado e preterido. Por isso não perdoa e tenta uma vingança, o que acaba prejudicando a ambos.

A vida a dois é cheia de imprevistos, de contrariedade, mesmo quando há amor. Portanto é preciso uma dose bem grande de compreensão e tolerância, principalmente quando se ama, para entender a outra.

Vemos, então, que o amor verdadeiro é capaz de despertar nas pessoas sentimentos de toda ordem, principalmente sentimentos desprovidos de egoismo o qual deseja ver o outro feliz, mesmo que viva só e se sinta incompreendido, algumas vezes é confundido com o vilão da história.

Fazer o que? Nem todos são providos de bons sentimentos e o egoismo não os deixa raciocinar como o outro.
Esse tipo de sentimento pode ser o causador de tragédias como assassinatos e suicídios.
Por isso é bom refletir, quando necessário, para entender as atitudes de outros que fazem parte da nossa convivência.
A separação nem sempre é por abandono. Pode ser uma renúncia... É preciso ser caridoso, compreensivo e tolerante para com as atitudes do outro.
Deus deseja que sejamos assim.



PREPARE-SE

Amós – Capitulo 4  versículo 12

Portanto, assim te farei, ó Israel ! E porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus.


Prepare-se

Por: Nêodo Ambrosio de Castro

Amós, profetisa a restauração e a reedificação de Israel após o exílio Babilônico, que se deu por desobediência às Leis de Deus. Ele foi o profeta de Deus que advertiu ao povo de Israel insistindo “ Prepara-te para o encontro com Deus ”. Assim liberta-se o povo de Deus que reconstrói sua nação e reedifica o Templo de Salomão e o altar do Senhor. Volta, então o povo, a ter a alegria de antes quando cantava os salmos de Davi, abandonando de vez os interesses da carne, preparando-se para receber Jesus (o prometido), o qual, conforme a profecia, veio após a restauração, para libertar, com o sacrifício da própria vida, de vez, a Israel livrando o povo de todos os pecados do passado. Portanto existe a necessidade de nos prepararmos para o encontro com Jesus, que nos espera. No momento da nossa chegada ao seu reino, temos que estar preparados. Não podemos perder tempo nos desvios que aparecem, com atrativos tentadores, com setas coloridas e tapetes os quais só nos levam à perdição, a exemplo de Israel, que se afastando de Deus, tomou desvios que levou a nação à escravidão.

Na vida, nos preparamos para tudo que nos propomos a realizar, até para namorar e casar necessitamos um planejamento, começando com a escolha da noiva (o). Para o casamento existe a necessidade de um preparo que vai, indiscutivelmente, mudar a vida do casal para sempre.
Há necessidade de preparar-se para um simples passeio ou para uma viagem, começando com o planejamento: roupas, malas, diárias de hotéis, etc. Assim é a nossa vida, em nada pensamos sem antes fazer um planejamento.

Um exemplo do preparo tive, há dois anos, ao fazer uma viagem de passeio pelas cidades históricas de Minas Gerais, tracei o mapa do roteiro, fiz consulta sobre pousadas e hotéis, uma busca nos sites de cada cidade que indicava os principais locais mais visitados pelos turistas. Foi um trabalho metódico, preparar-me para um passeio, visando o sucesso e a satisfação, além de evitar desencontros e erros que resultariam em atrasos e contratempos, durante a viagem.
Isso nos ensina que quando planejamos ou nos preparamos para algo, tudo fica mais tranquilo. Isso nos proporciona um nível de segurança maior, o que equivale à fé de que nos preparando, para o encontro com Deus, nos sentiremos mais felizes e mais confiantes na salvação.  

E vamos um pouco mais longe: Para construirmos nossa casa necessitamos um preparo especial, como cuidar do orçamento do projeto e sua aprovação pelo Órgão Municipal responsável. Contratar pessoal e a supervisão de um engenheiro, assim procedem-se para construção de tudo: Um edifício, uma ponte ou viaduto ou qualquer tipo de obra pública ou privada torna-se necessário um preparo especial.

Imagina como deverá ser o preparo que devemos fazer para nos encontrar com Jesus e entrar no reino do céu. Esse é o passo mais importante de toda nossa existência, pois precisamos estar certos que não vamos nos desviar por atalhos indesejáveis que só nos causarão prejuízos.
Quando nos desviamos do caminho que nos levará do nascimento à morte, quando enfim encontraremos Jesus, nos perdemos, cometemos uma série de erros e equívocos que atrasa e torna imperfeita nossa caminhada.
Um planejamento pela estrada da vida é tão ou mais importante do que o preparo para enfrentarmos quaisquer imprevistos em nossa estrada, cumprindo assim a meta de percorrermos, com retidão essa rota, que já vem traçada desde que nascemos. Teimar em tomar atalhos ou desviarmos da nossa rota, além de nos conduzir a caminhos tortuosos nos fará sofrer por tentarmos percorrer o caminho inadequado.
Viver uma vida desregrada, o que se conhece e nela somos inseridos quase que automaticamente, como se essa vida fosse a certa ou normal. Quando tomamos conhecimento e praticamos o contrário, a nossa vida muda, antes vivemos uma vida miserável e percorremos desvios e atalhos onde encontramos o desconforto gerado pela nossa ignorância. 
Ao aceitarmos Cristo, como nosso legítimo e verdadeiro salvador,  passamos a viver uma vida estável, tranquila com fé e a certeza que voltamos à nossa estrada, reta, sem  desvios, nebulosidade, vislumbrando o final, e com a fé que adquirimos , a certeza de chegarmos ao fim sem tropeços.
Enfim, constatamos que é necessário um preparo para chegarmos até Cristo cumprindo assim a nossa meta traçada por Deus o qual já nos destina como presente de nascimento, um caminho reto e claro, onde sempre enxergamos aonde pisar com firmeza e de que chegaremos ao topo sem tropeços.
Nossa vida tem dois sentidos, um quando não conhecemos Cristo e o outro após aceitá-lo, como nosso único e verdadeiro salvador.


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

VEM COMIGO

 
 
 
 
 
 
 
Não é tão difícil assim, venha...
Não custa nada...
 
 
 
 
 
 
 
 
 






AMOR DA JUVENTUDE

 
 
Doce amor da minha juventude
 
 


MINHA ESTRADA


 
A minha Estrada
 
 
 Minha estrada é assim. Cercada com arame farpado, para evitar que eu tome atalhos indesejáveis e obscuros. Calçada com pedras, para lembrar que mesmo as coisas belas, repleta de natureza não tem o conforto artificial dos homens.
Essa minha estrada é repleta de curvas, para que eu não visualize mais que o necessário, mas é tomada pela sombra das lindas árvores que a cercam. Isso é um conforto. Posso caminhar pela sombra as 24 horas de todos os dias da minha vida.
Minha estrada não é larga. Não precisa.
Não há quem comigo caminhe. Estou sempre sozinho por isso ela me cabe, com sobra.
Vez ou outra encontro alguém sentado às margens. Alguém que caminha alguns metros comigo, mas desiste. Sempre que encontra um atalho mais atraente, me abandona e o prefere, não se importando com a segurança.
Assim é a minha estrada. Vez ou outra uma curva, uma subida, ou descida, que regula, segundo a vontado do Criador, o rítimo dos meus passos. Uma neblina que me ofusca os olhos, nesses momentos, tenho que diminuir o o passo e pensar, aproveitando para refazer as forças. Minha estrada me foi destinada por Deus que me disse quando aqui cheguei:
- "Sua estrada é essa. Mas poderá modificá-la com o seu comportanento, tornando-a sempre mais agradável ou intransitável, depende só de você. Construa o conforto da sua estrada com seus atos. Você lucra e Deus o abençoa.
 
Feliz 2013 para todos os caminhantes desta terra. Nêodo Ambrosio de Castro (Giuseppe Ambrosi).
 
 
 
 
 

domingo, 30 de dezembro de 2012

FOTOS DE J.FORA DEZ 2012


FOTOS DE PASSEIO NAS PROXIMIDADES DE JUIZ DE FORA MG 29 DE DEZ 2012


O QUE MAIS GOSTO: BNCOS, PENA QUE ESTEJA FALTANDO ALGUÉM COMIGO...
 




ALGUMAS FOTOS DE JUIZ DE FORA DEZ 2012

TERRAÇO DA CASA DE CELINA

ARVORE DE NATAL DO INDEPENDENCIA SHOPPING  JUIZ DE FORA MG